Greve Nacional de Entregadores de Entregadores de Aplicativos Realizam Greve Nacional em Mais de 50 Municípios Brasileiros
- josegeraldocarmo1
- 1 de abr.
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A mobilização nacional dos trabalhadores de entrega via aplicativos, chamada de "Breque dos Apps", teve início nesta segunda-feira (31), afetando mais de 50 cidades em todo o país. O protesto, conduzido por coletivos e associações da categoria, busca melhores condições laborais e reajustes na remuneração.

Os entregadores reivindicam:
.Revisão da tarifa mínima por serviço, passando de R$ 6,50 para R$ 10,00.
.Ajuste no valor pago por quilômetro percorrido, aumentando de R$ 1,50 para R$ 2,50.
.Definição de limite de distância para entregadores que utilizam bicicletas, restringindo a 3 km por pedido.
.Pagamento completo para entregas agrupadas, garantindo que múltiplas solicitações atendidas de forma sequencial sejam devidamente compensadas.
Além dos aspectos financeiros, os trabalhadores denunciam estratégias utilizadas pelas empresas para desestimular a adesão à greve, como bonificações a quem continuar ativo.
Reflexos da Paralisação
O movimento já altera o fluxo de entregas em diversas localidades, especialmente nos grandes centros urbanos, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Usuários relatam dificuldades para efetuar pedidos via aplicativos de delivery, enfrentando tempos de espera superiores a duas horas.
A Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), que representa companhias como iFood, Uber e 99, afirmou respeitar o direito dos trabalhadores à manifestação e destacou a importância do diálogo entre as partes. O iFood, uma das plataformas mais afetadas, declarou que estuda um reajuste na tarifa mínima de entrega para este ano.
Os organizadores da greve já articulam novas mobilizações. Para o dia 1º de maio, está prevista uma grande manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, com foco na extinção da escala 6×1 e na luta por melhores condições de trabalho. Além disso, uma nova paralisação, apelidada de "feriadão", ocorrerá em 2 de maio para manter a pressão sobre as empresas.
A paralisação dos entregadores reacende discussões sobre a regulamentação do trabalho por meio de plataformas digitais. O Ministério do Trabalho e Emprego já concluiu um estudo sobre o assunto, enviado ao Congresso Nacional em fevereiro. O projeto propõe que as empresas contribuam para a Previdência, buscando assegurar maior proteção social aos trabalhadores.
Ainda não é possível medir todos os impactos da mobilização, mas o movimento reforça a importância da categoria e a necessidade de mudanças estruturais no setor. Agora, resta acompanhar as respostas das empresas e do governo nos próximos dias.
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